Diabopédia
José Saramago
É um ser nascido na vila de Azinhaga que adoptou uma ilha nas Canárias como seu habitat predilecto. Dificuldades financeiras impediram-no de prosseguir os estudos académicos, mas frequentou a biblioteca com frequência para compensar. Conseguiu, assim, passar de serralheiro mecânico a Director-Adjunto do Diário de Notícias. O Saramago não é venenoso e tem na caneta e na língua os seus principais mecanismos de auto-defesa. Porém, torna-se agressivo quando mantido em cativeiro na redacção de alguns jornais, chegando a purgar colegas de trabalho mais incómodos (ver as aventuras de José Saramago no Diário de Notícias). Escreveu e publicou desde cedo, cativando tarde a atenção de críticos e leitores, já com sessenta anos feitos. Nos seus textos contou histórias de pessoas cegas, de pessoas imortais e de um filho de Deus cheio de dúvidas. Casou três vezes, a última, que se saiba, com a jornalista e tradutora Pilar Del Río. A obra, a persistência e o bom casamento valeram-lhe o Nobel em 1998, feito notável se tivermos em conta que a língua portuguesa é completamente desconhecida na academia sueca. O livro "Caim" levou ao exorcismo infrutífero de um Saramago teimosamente ateu diante de um padre exasperado. José continuou descrente e Deus levou-o no ano seguinte. O último e único Saramago encontra-se extinto desde 18 de Junho de 2010.