Impressões em mais do que três linhas
As horas de sono
O problema de Portugal é claro: dormidos de mais. Quando os estudos revelam que em média dormimos 6 horas por dia, alegramo-nos com a descoberta dos nossos problemas enquanto portugueses. Vamos lá ver, dormir 6 horas por dia significa dormir 180 horas num mês, 2160 horas por ano. Toda a gente percebe que são horas a mais de improdutividade e de descanso. Como é que nos queremos tornar na charneira da Europa a dormir tanto? Com tanta coisa para fazer ao final de um dia de trabalho, vamos dormir!? Tantas horas para ver em plataformas de streaming, livros às carradas todos os meses a sair, podcasts sobre tudo e mais um par de botas para ouvir a toda a hora, informação activa em 30 canais para assistir, e no fim de sabermos tudo isto, vamos para a cama descansar o cérebro? Como é que estamos atentos à actualidade? O cérebro necessita é de actividade contínua, só assim vai aparecer o próximo empreendedor que vai mudar isto tudo!
Se continuarmos a agarrar-nos ao cansaço e à necessidade de sono, Portugal enquanto país só poderá morrer. Se não se fizer amor todos os dias, não vão nascer bebés e o futuro será órfão de portugueses. Apelo ao amor patriótico, ao que criará os presidentes e líderes do amanhã. Apelo ao trabalho em casa durante toda a noite, é no silêncio que surgem as melhores decisões, temos de dar espaço para que elas apareçam. Balzac escrevia pela noite dentro, foi isso que fez dele o maior escritor francês de sempre.
Já sei, os defensores do sono dizem “As consequências de dormir mal são inumeráveis, a curto e a longo prazo. Vários estudos têm enfatizado a relação entre o sono e o risco cardiovascular” tudo balelas. Já viram o nosso presidente Marcelo ter algum ataque cardíaco? O homem tem 75 anos e nunca dormir, todos sabemos que se não fosse isso nunca tinha chegado à presidência. Todas as noite ali a trabalhar para chegar a ser presidente, grande exemplo para todos nós. Por exemplo, o nosso antigo presidente Cavaco, dormia bem e até ataques teve enquanto discursava. Toda a gente sabe que já morreu, se tivesse dormido menos, ainda hoje daria conselhos importantes para a nossa nação.
Por: Filipe Fidalgo