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Alma do Diabo

Alma do Diabo

Breves notas sobre a Pátria

21.07.24
JORGE ROQUE passa, quase (ainda existem alguns santuários) complemente despercebido no meio dos culturóides da nação. E percebe-se porque, o homem é um bombista e não um escritor. O recente livro PAÍS RATO rebenta com as letras, destrói a compreensão programada do leitor e torna-o coxo por ter sido apanhado por um obus que existia algures dentro de uma página qualquer do livro. Então, sobre os ditos: “vai ficar tudo bem”, “somos muito bons”, “Portugal é incrível”, (...)

A indústria do pão por André Schiffrin

29.07.23
Se há coisa que aprecio mais do que livros é de pão. Se me oferecem metáforas com pão para entender o funcionamento do mercado dos livros eu entendo. Foi o que André Schiffrin fez no seu livro O NEGÓCIO DOS LIVROS - COMO OS GRANDES GRUPOS ECONÓMICOS DECIDEM O QUE LEMOS (se calhar foi pelo título longo que isto não vendeu). Que pena, este pequeno livro da LetraLivre ter saído em 2013 e não em 2023, já que, tal como as ervas daninhas saltam em terra fértil, também os temas (...)

Silêncio, Teolinda Gersão

25.02.23
Com base na sua página oficial, Teolinda Gersão já conta com 14 prémios literários distribuídos a 9 das suas obras, talvez seja mesmo a autora portuguesa mais premiada. Dito isto, podemos afirmar que estamos a falar da “Meryl Streep portuguesa” no que respeita a distinções literárias. Esbarramos facilmente em elogios à obra, dissertações fervorosas, qualidades ímpares de originalidade, voz feminina e poética, simplicidade oral… (bocejo) tudo bons argumentos de (...)

Um mistério chamado Rentes

29.01.23
O desprezo que é dado à obra de José Rentes de Carvalho no templo literário nacional é um sério caso de estudo. De recordar a cacetada dada pelo crítico do jornal Público,António Guerreiro que, no mesmo jornal no dia 4 de Maio de 2016, classificou a obra de ser “manifestação exuberante de hiperliteratura”, destacou a “verbosidade”, “desvios fraudulentos das palavras” para terminar puxou finalmente o gatilho e atirou-lhe apenas uma estrela. Interessante perceber (...)

Já não há bengalas

10.11.22
Dizia assim a notícia: “Quando esta tarde subia o Chiado o nosso presado e illustre amigo sr. dr. Alfredo Pimenta, o escriptor sr. Aquilino Ribeiro vibrou-lhe uma bengalada de que resultou um ferimento que foi pensado no Posto da Misericordia” - Jornal o Dia, nº 2038, 16 de Abril de 1923. Assim reagiu Aquilino Ribeiro às críticas que lhe foram endereçadas por Alfredo Pimenta numa rubrica de jornal (Notas de um diletante), onde, entre outras observações, apelida a obra de (...)

Vamos ler qualquer coisa

12.08.22
Eugénio Lisboa escusa de agradecer o acrescento dado ao título do livro. Um bom comprador gosta sempre de saber melhor o que compra. Este engenheiro electrotécnico que já sabia ler antes da escola primária, segundo palavras suas, compôs em 2021 o livro, VAMOS LER UM CÂNONE PARA O LEITOR RELUTANTE. Portanto, a sugestão dada é que um leitor desinteressado possa alimentar o gosto consumindo de início muita literatura de cordel. Assim, é definido CÂNONE um conjunto de obras e (...)