Lambe-botas
02.06.25
“Vais lamber botas, mas também podes lamber cus, pichas e ratas” foi-lhe dito. Não seria difícil a tarefa. Quanto à língua de tanto lamber poderia apodrecer. Não se teria de preocupar, bastava sorrir. Qualquer sorriso protegia a língua imunda. O sorriso teria de ser preciso para ocultar o que se escondia por dentro. Nem sempre as botas eram as melhores. Algumas estavam bastante porcas. Nada que o lambe-botas não resolvesse. Algumas botas de tão lambidas estavam sempre (...)