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Alma do Diabo

Alma do Diabo

Rilke. Da Primeira Elegia

22.11.22
  “Quem, se eu gritasse, me ouviria de entre as ordens dos anjos? e mesmo que um deles, de repente, me cingisse ao coração: eu desfaleceria da sua existência mais forte. Pois o belo não é mais do que o começo do terrível, que ainda mal suportamos e deslumbra-nos assim porque, imperturbado, desdenha aniquilar-nos. Todo o anjo é terrível.” Rilke, Rainer Maria. Elegias de Duíno e Os Sonetos a Orfeu. 1ª ed. - Lisboa : Quetzal, 2017 Por: Celeste Sampaio

De Rilke para Franz Kappus

21.11.22
  "Na mais silenciosa hora da sua noite, pergunte a si mesmo: tenho de escrever? Escave dentro de si à procura de uma resposta profunda. Se lhe for permitido encarar essa pergunta séria com um simples e forte "tenho", então construa a sua vida segundo essa necessidade; a sua vida, até ao âmago da hora mais indiferente e limitada, terá de se tornar um sinal e um testemunho para esse ímpeto. De seguida aproxime-se da natureza. Tente então, como um primeiro homem, dizer o que vê e (...)