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Alma do Diabo

Alma do Diabo

O Amor ao que se pode consumir

05.02.23
À pergunta de Ramin Jahanbegloo sobre a troca do desígnio marxista para a promessa californiana, vivida na Europa de leste, Steiner respondeu assim: “A Humanidade já não imagina o que é a vida desprovida de um ideal trágico. O marxismo, como o judaísmo, em relação ao qual representa um heresia, e como a cristandade, deu-lhe a honra de sugerir que o homem poderia ser diferente, melhor. A Califórnia responde ao homem que seja tal como é, que se divirta com os vídeos, as (...)

A piada como escape ao difícil acto de pensar

22.11.22
Conversavam assim Jacques com o seu amo: “Na vida meu, amo, não sabemos com o que havemos de alegrar-nos e com o que havemos de afligir-nos…caminhamos pela noite por baixo do que está escrito lá em cima, igualmente insensatos dos nossos desejos, na nossa alegria e na nossa aflição. Quando choro verifico muitas vezes que sou um tolo - E quando ris? - Verifico ainda que sou um tolo, porém, não posso deixar de chorar nem de rir: e é isso que me enfurece - o que tentaste? - (...)

A família e a cor das conversas

26.07.22
  Como se de uma conferência de imprensa se tratasse, o pai dirige-se aos filhos e conversa univocamente durante 20 minutos. O pai era Marcello Caetano, o último representante do Estado Novo. Os filhos eram todo o povo português, ouvintes silenciosos da figura máxima do estado, que, com capacidades orwelianas entrava dentro das casas dos cidadãos, através da pequena caixa quadrada, numa imagem a preto e branco. A Rádio e “Telé-visão” Portuguesa ainda não tinha 13 anos (...)